Saiu o Consenso Internacional sobre Complicações Biliares após Transplante Hepático!
Acaba de ser publicado no British Journal of Surgery (2025) o novo consenso internacional para a classificação das complicações biliares após o transplante de fígado, fruto do encontro científico BileducTx.
A proposta visa padronizar, de forma prática e baseada em consenso, os critérios de definição, localização e gravidade das complicações, permitindo melhor comparação entre estudos e maior uniformidade nos protocolos clínicos.
Destaques da Classificação:
- Localização anatômica da complicação biliar:
- Intra-hepática pós-transplante
- Hilar (1ª ordem) pós-transplante
- Anastomótica (estenose ou fístula)
- Gravidade clínica (baseada em Clavien-Dindo adaptado):
- Grau I – Achado radiológico sem necessidade de intervenção (“watch & wait”)
- Grau II – Tratamento clínico (ex: antibióticos, ácido ursodesoxicólico)
- Grau IIIa – Intervenção endoscópica ou radiológica
- Grau IIIb – Intervenção cirúrgica (exceto retransplante)
- Grau IV – Necessidade de retransplante
- Grau V – Óbito por complicação biliar
-
Recomendações adicionais:
- Avaliação ideal aos 12 meses após o transplante.
- Exclusão de causas vasculares (ex: trombose arterial), colangite esclerosante primária recorrente e rejeição crônica antes de se confirmar o diagnóstico de colangiopatia.
- Descrever o tipo de reconstrução biliar e o enxerto utilizado.
Aplicabilidade
Essa classificação é altamente útil para:
- Padronizar discussões em reuniões clínicas
- Aprimorar protocolos institucionais
- Apoiar o ensino médico e a literatura científica
Fonte: Esser et al. Consensus classification of biliary complications after liver transplantation. BJS, 2025 (znae321)